Apresentação

Como se pode verificar no Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas de Murça temos como constrangimentos, a saber: número limitado de metodologias na sala de aula, formação profissional do pessoal docente - Formação contínua e insuficiente trabalho cooperativo/ colaborativo dos docentes. Desta forma esta ação vai de encontro às ações a implementar no sentido de colmatar a mesmas. A criança encontra-se numa fase em que o conhecimento para explicar o mundo que a rodeia é inexistente, ou quase inexistente, estamos perante uma fase onde predomina a imaginação e a intuição. A curiosidade da criança é que faz surgir o interesse pela ciência, logo a partir de jogos simples, de leituras de histórias ou de uma exploração pode-se chegar à ciência. Desta forma pretende-se colocar as crianças a “observar o mundo”, despertando o seu espírito crítico e a capacidade de se questionar sobre a realidade, dar respostas a pequenos “porquês” que se fazem aparecer, mostrar que determinados fenómenos não são magia, mas sim acontecem devido a algo. A principal forma de abordagem que se faz nas atividades com crianças do primeiro ciclo é a discussão de ideias entre os alunos, em que o professor tem como papel principal a condução dos alunos para um único raciocínio, que os leve à evolução conceptual. Aqui não está em causa o conhecimento específico propriamente dito, temos que ter em conta o desenvolvimento do pensamento da criança e da sua personalidade.

Destinatários

Professores dos Grupos 100, 110

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 100, 110. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 100, 110.

Objetivos

• Aumentem a confiança e capacidade para implementar nas suas aulas tarefas que proporcionem um maior envolvimento dos alunos nas suas aprendizagens, nomeadamente tarefas de natureza experimental; • Construam/elaborem procedimentos experimentais para implementar na aula; • Trabalhem de forma colaborativa na produção de materiais; • Adquiram instrumentos com vista a que exploração das atividades experimentais sejam mais apelativas e atrativas para os alunos. Objetivos a atingir junto dos alunos: • Promover experiências científicas simples que fomentem hábitos de observação e de experimentação. • Desenvolver o espírito crítico. • Desenvolver a capacidade científica – observar, recolher informação, experimentar, verificar resultados. • Descobrir o mundo que os rodeia através da observação e experimentação. • Incentivar a capacidade de questionar e problematizar, desenvolvendo o espírito crítico. • Fomentar uma cultura de rigor e exigência.

Conteúdos

O trabalho a desenvolver no Curso de Formação incidirá, predominantemente, no domínio do saber-fazer, uma vez que os conhecimentos teóricos essenciais relacionados com os métodos e técnicas que vão ser objeto de estudo são já dominados pelos formandos. Tendo em conta a especificidade das aprendizagens essenciais do 1º Ciclo e nas orientações da área do conhecimento do mundo do ensino pré-escolar, foram agrupadas as atividades a desenvolver tendo em conta a particularidade do ensino em causa. Desta forma, os formandos criarão os grupos de trabalho tendo em conta o seu nível de ensino e executaram as atividades adaptadas ao mesmo, em cada unidade Temática. A parte teórica é igual para todos os formandos. Pela análise das aprendizagens essenciais do primeiro ciclo podemos visualizar que uma das capacidades a desenvolver nos alunos saber de como se constrói o conhecimento – questionar, levantar hipóteses, fazer inferências, comprovar resultados e saber comunicá-los; para entender melhor a construção do conhecimento será de todo aconselhável que aos alunos experienciem esta mesma construção de conhecimento. Para além desta capacidade, ao analisar o mesmo documento ressalta nos domínios Natureza, Tecnologia e Sociedade/Natureza/Tecnologia, do 1º ano ao 4º ano, conhecimentos que estão implícitos nos conteúdos enunciados de 5 a 11. No Pré-Escolar ao analisarmos as orientações podemos observar na área do conhecimento do mundo que a mesma está assente na curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender o porquê. A curiosidade é estimulada através de oportunidades para profundar, relacionar e comunicar o que já é conhecido, assim como pelo contacto com novas situações que irão provocar a curiosidade. Mas isto só será possível se o educador possuir o conhecimento que lhe permita provocar a curiosidade e/ou que responda à curiosidade da criança de forma assertiva. As sessões presencias conjuntas, num total de 25 horas, serão dedicadas a: 1. Explicitação do trabalho a realizar no Curso de Formação e das metodologias a seguir – 1 horas teóricas 2. Importância do ensino das ciências nos primeiros ciclos do ensino básico; como ensinar ciência – mudança conceptual – 2 hora teórica 3. Material e equipamentos de Laboratório, Segurança e prevenção – 1 hora teórica 4. Desenvolver e aplicar técnicas de avaliação de trabalhos experimentais - 1 hora teórica 5. Os astros – 2 horas: 1 teórica e 1 prática; 6. Mudanças de estado – 2 horas: 1 teórica e 1 prática; 7. Experiências com água – 3 horas: 1 teórica e 2 práticas; 8. Experiências com o ar – 2 horas: 1 teórica e 1 práticas; 9. Experiências com ímanes – 2 horas: 1 teórica e 1 prática; 10. Experiências de mecânica – 3 horas: 2 teórica e 1 prática; 11. Experiências com a eletricidade e luz – 3 horas: 2 teórica e 1 prática; 12. Apresentação e Avaliação dos trabalhos - 3 horas teóricas.

Metodologias

Depois de identificadas as necessidades serão utilizadas as seguintes metodologias: • Exposição de conteúdos; • Exploração de figuras em diapositivos; • Elaboração, análise e discussão de protocolos experimentais; • Atividades experimentais; • Construção de materiais didáticos com base na investigação experimental. Todas as atividades serão orientadas no sentido da promoção das pedagogias de exame da questão e no consequente debate – atividades intelectuais a que os alunos deverão ser chamados – apelando para o espírito crítico, logo para a análise, para a razão, para a reflexão, para a síntese e que se inscrevem nos processos de uma pedagogia do interesse.

Avaliação

- Participação (pertinência e clareza das intervenções, interesse, motivação e a pontualidade) - Relacionamento interpessoal e capacidade de partilha - Conhecimentos científicos e profissionais demonstrados - Trabalhos e atividades realizados - Apresentação do trabalhoA classificação de cada formando será realizada na escala de 1 a 10 conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio, respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua e tendo por base a participação/contributos e o trabalho final elaborado pelos formandos.

Bibliografia

Chauvel, Denise e outra, Brincar com as Ciências no Jardim de Infância, Como explicar fenómenos complexos de forma simples, Porto Editora, 2006.DRIVER, R., Tiberghien (Ed.) (1992). Children’s ideas in Science. Philadelphia: Open University Press.LUNETTA, V. (1991). Actividades práticas no ensino da ciência. Revista de Educação.II (1), 81-90Mercer, N., Dawes, L., Wegerif, R., & Sams, C. (2004). Reasoning as a scientist: ways of helping children to use language to learn science. British Educational Research Journal, 30 (3), 359 – 377.Harlen, W. (2001). Research in primary science education. Journal of Biological Education, 35(2), 61 – 65.

Anexo(s)

Formador

Luís Miguel Gonçalves Mourão

Cronograma